O deputado estadual Robinson
Almeida (PT) criticou, na oitiva com o presidente da Coelba, Thiago Freire, nas
Comissões de Infraestrutura e Agricultura da Assembleia Legislativa,
nesta terça-feira (5), a prestação de serviços à Bahia da
companhia do grupo espanhol Neoenergia e defendeu que o contrato de concessão da
empresa, que vence em 2027, não seja renovado automaticamente
este ano. O contrato de privatização da Coelba
em 1997, pelo governo Paulo Souto (ex-PFL, hoje UB), possui uma cláusula que
permite a sua renovação por mais 30 anos, três anos antes do vencimento
do contrato, caso não haja questionamentos à União.
Coordenador da subcomissão, criada na Assembleia
Legislativa, para acompanhar a execução do
contrato de concessão da Coelba, demandas e investimentos represados pela companhia
na Bahia, Robinson Almeida avaliou que a companhia presta um mal serviço à Bahia e
compromete o desenvolvimento do estado ao não ampliar os investimentos e
melhorar a sua infraestrutura elétrica. O parlamentar cita
como exemplo a não ligação à rede elétrica de pelo menos 27 mil obras no estado e o atraso na entrega
de escolas de tempo integral prontas, pelo governo do estado, porque a
companhia ainda não fez a ligação da rede elétrica às unidades
de ensino.
“São 27 mil obras sem atendimento da Coelba na Bahia; se cada obra
dessa gerar 10 empregos, teríamos 270 mil empregos no estado”, ilustrou
o parlamentar.
“A Bahia, portanto, vive um grande problema na distribuição de
energia elétrica porque a Coelba não presta um serviço com
qualidade ao povo baiano. Esse fato, que torna a empresa uma das campeãs de
reclamação do consumidor, não a habilita a renovar esse
contrato (de concessão) automaticamente”, enfatizou Robinson.
Segundo Almeida, as queixas contra o grupo Neoenergia são
generalizadas, envolve toda classe política, o segmento empresarial
do campo e da cidade, como o agronegócio e o setor industrial, além dos
consumidores residenciais e o próprio governo do estado,
principal cliente da companhia.
“Nós queremos que a Coelba
cumpra com suas obrigações contratuais, que atenda as demandas do povo baiano. Nosso
objetivo é fazer com que a Coelba melhore a prestação dos seus
serviços ao povo
baiano e que não seja uma pedra no sapato da Bahia, como é hoje,
atrapalhando o desenvolvimento do nosso estado e gerando mal estar aos baianos
com seu péssimo serviço”, declarou Robinson Almeida, que é engenheiro
eletricista e líder da Federação PT, PC Do B e PV no legislativo estadual. As informações são do site Classe Política.