Fotos: Jefferson Peixoto / Secom
PMS
Diversas expressões culturais se
uniram para fazer da abertura da primeira edição do Viva Verão, nesta
sexta-feira (16), um momento emblemático para Salvador. Embalados pelo ritmo
percussivo da banda Malê Debalê, o maior balé afro do mundo deu às boas vindas
ao público que compareceu na Praça Cairu, no Comércio, para conferir o primeiro
dia do projeto. O Malê também presenteou o público com muita dança e simpatia
dos vencedores do 43° Concurso Negro e Negra Malê, Camila Morena e Jefesson
Reis, que brilharam no Carnaval deste ano.
Uma das atrações mais aguardadas
da noite foi a cantora Mariene de Castro, que apresentou para o público o
consagrado projeto “Santo de Casa”. Com mais de 25 anos de carreira e
considerada uma das maiores sambistas do país, a artista falou sobre a apresentação
no Viva Verão ser um sonho realizado.
“Estou feliz em fazer parte do
Viva Verão e por trazer o Santo de Casa para o povo na rua. Trazer Lia de
Itamaracá, as Ganhadeiras de Itapuã, Zambiapunga e Malê Debalê. Tudo isso é a
realização de um sonho e do projeto de uma vida com o contexto de rua em um
projeto para o povo, nesse lugar lindo. Não tinha jeito melhor para começar
esse ano”, declarou.
Um dos pontos altos da noite foi
a participação do patrimônio vivo e cultural, a cantora e compositora de
ciranda pernambucana Lia de Itamaracá. No alto dos 80 anos, a artista, que já
foi enredo de duas escolas de samba, cantou ao lado de Mariene de Castro a
canção “Eu sou Lia”.
Como já é tradição nas
apresentações do Santo de Casa, as Ganhadeiras de Itapuã também marcaram
presença na festa e abrilhantaram a noite com muito samba no pé. Membro do
grupo há mais de duas décadas, Tereza Cristina Silva contou que se orgulha de
poder fortalecer a cultura popular.
Ao lado de 13 mulheres
aguerridas, Tereza Cristina se apresentou mostrando a cultura da Bahia para uma
plateia que vibrou com cada dança executada. “É uma imensa felicidade estar
nessa praça podendo mostrar para o público quem são as Ganhadeiras de Itapuã,
que são mulheres da Bahia e do Brasil. Aqui são mulheres fortes que representam
a todas no país”, contou.
Nesta noite ainda se apresentou
o Cortejo Zambiapunga, manifestação folclórica que reúne pessoas mascaradas,
com roupas coloridas e feitas com retalhos de panos e papéis de seda. O grupo,
que também se apresenta anualmente no pré-Carnaval de Salvador, no Fuzuê, é
tradicional da cidade de Nilo Peçanha.