Foto: Divulgação / Polícia
Federal
Duas pessoas foram presas, nesta
quinta-feira (25), em Mato Grosso do Sul, durante uma ação contra o trabalho
escravo. Um trabalhador submetido a condições degradantes foi resgatado pelos
policiais federais e por servidores do Ministério Público do Trabalho (MPT) e
do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) que participam da chamada Operação
Feronia.
Segundo a Polícia Federal (PF),
a ação foi deflagrada nas primeiras horas do dia para que os agentes públicos
cumprissem quatro mandados judiciais de busca e apreensão nas cidades
sul-mato-grossenses de Corumbá e de Dois Irmãos do Buriti, distantes cerca de
360 quilômetros uma da outra.
Ao cumprir os mandados
judiciais, os policiais federais apreenderam quatro armas e um celular. Os dois
homens detidos foram presos em flagrante por porte ilegal de arma. Um deles
também responderá pelo crime de submeter um trabalhador a condições análogas à
escravidão.
De acordo com a PF, o objetivo
da Operação Feronia era aprofundar as investigações iniciadas a partir das
denúncias feitas por dois homens que afirmam ter sido forçados a trabalhar em
condições degradantes, na área rural de Corumbá. Os dois alegam que conseguiram
escapar, mas um deles diz que voltou a ser procurado por seus empregadores, que
passaram a tentar convencê-lo a voltar ao trabalho, nas mesmas condições, mas
em outra localidade.
Além de investigar a exploração
de trabalhadores, a PF também está apurando se os investigados se apropriavam
da aposentadoria de ao menos um idoso vítima do esquema, entre outras possíveis
práticas criminosas, como difamação, injúria e lesão corporal.
Por razões legais e para
garantir a segurança dos envolvidos, a PF não divulgou detalhes que permitam a
identificação dos presos, das propriedades rurais alvo da operação e dos
trabalhadores resgatados. Mas reforçou que a Delegacia da Polícia Federal em Corumbá/MS
mantém canal de denúncias anônimas através do e-mail e
do telefone 67 9 9202 8240.
Denúncias de irregularidades
trabalhistas e de trabalho análogo ao escravo também podem ser feitas pela
internet, nos links.