A divulgação do PIB
(Produto Interno Bruto) acima do esperado no terceiro trimestre fez com que os
economistas voltassem a elevar a expectativa do crescimento econômico deste ano
no Brasil.
Nesta segunda-feira (11), o boletim Focus, divulgado pelo
BC (Banco Central), mostra que o mercado aumentou a previsão do PIB deste ano
para 2,92%, uma variação de 0,08 ponto percentual em relação à semana passada.
É a primeira vez desde 25 de setembro que o mercado revisa
para cima este dado. Desde então, a previsão era mantida ou caía na comparação
semanal. Os analistas também subiram a expectativa para o próximo ano (de 1,5%
para 1,51%) e para 2025 (de 1,9% para 2%).
O resultado vem na esteira do PIB divulgado pelo IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na última terça-feira (5),
que apontou leve variação positiva de 0,1% no terceiro trimestre em relação aos
três meses anteriores.
O resultado superou a expectativa do mercado, que esperava
uma contratação de 0,3% no período, de acordo com a agência Bloomberg. Após o
resultado, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que espera fechar o
ano com um PIB de 3%.
O boletim Focus também mostrou uma redução na previsão da
inflação deste ano para 4,51%. Na semana passada, o mercado previa 4,54%, na
primeira elevação desde 11 de setembro na comparação semanal.
A tendência de diminuição na expectativa da inflação vem
firme desde o começo de outubro. Em 9 de outubro, o mercado previa 4,86%. Desde
então, foram sete reduções em relação à semana anterior, uma semana de aumento
(o da semana passada) e um boletim sem alteração.
Em compensação, os economistas ouvidos pelo BC elevaram a
previsão do IPCA de 2024 para 3,93%, ante 3,92% da última segunda-feira.
Nos outros dados, o mercado reduziu a previsão do dólar
para este ano (de R$ 4,99 para R$ 4,95) e 2024 (de R$ 5,03 para R$ 5).
Já a expectativa para a taxa básica de juros foi mantida
para 2023 (11,75%), 2024 (9,25%), 2025 e 2026 (8,5%).
Nesta semana, o Copom (Comitê de Política Monetária do
Banco Central) realiza a última reunião do ano para definição da Selic, que
está em 12,25% ao ano.