Foto: Fabio
Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil
Pacientes
em macas improvisadas pelos corredores e outros esperando por atendimento
médico. Essa é a realidade da maioria das emergências dos hospitais públicos
brasileiros. Desde 2017, um projeto leva novas práticas para desafogar os
prontos-socorros.
Chamado
Lean nas Emergências, o projeto liderado pelo Ministério da Saúde em parceria
com os hospitais Sírio-Libanês, em São Paulo, e Moinhos de Vento, em Porto
Alegre, aponta para queda de 28% na superlotação e mais de 30% no tempo de
permanência dos pacientes (internados e não internados) em 72 hospitais
públicos e filantrópicos, de 26 estados. As informações foram publicadas pela
Agência Brasil.
O termo
lean, do inglês, significa produzir com a máxima eficiência e qualidade, sem
desperdício. A estratégia de gestão é aplicada em diversos setores econômicos,
grandes empresas, como na indústria automotiva, e até mesmo em startups.
O projeto
chega com o intuito de mudar a operação e o fluxo das unidades de saúde para
melhor atender os pacientes em situação emergencial.
A gerente
de Projetos de Compromisso Social do Hospital Sírio-Libanês, Carina Tischler
Pires, explica que as crises nos prontos-socorros são resultado de três
fatores: alto volume de pacientes, falta de leitos para internação por causa do
tempo elevado de permanência dos pacientes, além de processos de trabalho pouco
eficientes e integrados entre as áreas. O projeto visa atacar essas questões,
utilizando recursos e profissionais já disponíveis no hospital.
“Acreditamos
que as atividades desenvolvidas sejam capazes de promover a autonomia
intelectual e assistencial dos profissionais envolvidos, resultando em melhora
na passagem do paciente pelo serviço de urgência, até sua chegada ao local
correto, com recurso correto e no tempo correto”, diz a gerente.
As medidas
têm reflexo, ainda, no número de mortes: a redução projetada média é de 3% ao
mês na taxa de mortalidade, ou seja, 10.142 vidas impactadas.