Foto: Ulisses Gama / Bahia Notícias

 

O Bahia conseguiu escapar do rebaixamento na última rodada do Campeonato Brasileiro. Na noite desta quarta-feira (6), o Tricolor goleou o Atlético-MG por 4 a 1, na Arena Fonte Nova. Além disso, contou com a derrota do Santos para o Fortaleza por 2 a 1. Contratado no início do mês de setembro com a missão de manter o time elite, o técnico Rogério Ceni celebrou o objetivo alcançado.

 

"Eu? Muito. Quando me chamaram eu tinha 16 jogos. Olhei a tabela, vi o elenco, e fiz as contas que dava para chegar nos 43 pontos. Nas minhas contas, contra São Paulo e América seriam quatro pontos. Ficou então tudo para o último dia. Eu estava bem cabisbaixo. Até os atletas falaram comigo. Eu também sou humano. É natural depois de uma derrota. Mas conseguimos reagir e fazer uma vitória contra a melhor equipe do segundo turno. Não vamos esquecer do que erramos, que é importante, mas vamos valorizar os acertos. Quero falar do público também. Hoje não batemos 30 mil, né?! Foram 27, mas com uma energia incrível. Em nenhum momento houve uma vaia. Foram caras que vieram o jogo, parecia que tinha 45 mil. Mantiveram o Bahia lá no topo. Foram parte muito grande em todos os jogos", afirmou na entrevista coletiva.

 

No último domingo (3), o Tricolor perdeu para o lanterna América-MG por 3 a 2 e com isso chegou na última rodada do Brasileirão precisando vencer e ainda torcer por tropeços dos concorrentes. Ceni admitiu ter ficado abatido com o resultado negativo. Ele falou da conversa que teve com o CEO do Grupo City, Ferran Soriano.

 

"Foi uma ajuda mútua dos jogadores. Na segunda-feira eles falaram comigo: "Precisamos de você". Na terça-feira eu fiz o movimento trocado. Ontem [terça-feira], o Ferran me ligou, ele me perguntou como eu estava, falei que estava triste e chateado. Ele falou que a tristeza tem que durar 24h, e disse que, independente de onde a gente acabe, que ele queria que eu continuasse o projeto, na Série A ou B. Isso faz diferença. É muito importante ter o suporte e apoio das pessoas. O Bahia é um clube de massa, esse é o principal ponto para você escrever uma história. Que o Bahia continue crescendo mais, chegando na Sul-Americana, na Libertadores. Não sei até quando vamos ficar aqui, mas quero dizer que fiz parte da construção de um clube que já era gigante, bicampeão brasileiro. Não esqueço tudo de ruim e errado que aconteceu, é importante ser lembrado isso para diminuir o número de erros para o próximo ano", contou.

 

O Bahia terminou o Brasileirão ocupando o 16º lugar na tabela de classificação com 44 pontos, um a mais do que o Santos, que ficou em 17º e completou o quarteto que vai disputar a Série B de 2024. Na próxima temporada, o Tricolor baiano volta ao gramado no dia 17 de janeiro para a estreia no Campeonato Baiano contra o Jequié, pela primeira rodada.