Foto: Tomáz Silva/Agência Brasil
Os estoques
de sangue dos hemocentros podem ser reforçados por meio de um novo instrumento:
o mini app Hemovida, que está integrada ao ConecteSUS. A criação do Ministério
da Saúde pretende facilitar a ação voluntária de doadores.
Com o
aplicativo, poderá ser obtida a carteira virtual do doador que terá informações
de saúde, tipo sanguíneo e a data da última doação. Além disso, o doador terá
um registro pessoal e útil em situações de emergência; histórico completo de
doações, incluindo as realizadas, canceladas e agendadas e ainda pode optar por
fazer autodeclaração de doação de sangue para manter um registro do compromisso
com a causa.
Também fica
disponível a localização da rede de saúde mais próxima, para identificar onde
doar e receber informações sobre os serviços disponíveis em cada unidade. Outra
funcionalidade esperada é conscientizar a população sobre a importância de
manter os estoques de sangue em níveis seguros.
O
aplicativo estará disponível para download nas principais lojas de aplicativos,
a partir desta segunda-feira (27). O login no app é feito pelo acesso
único do Governo Federal (gov.br)..
Na
plataforma, o doador poderá ainda convidar amigos e familiares, compartilhar
experiências nas redes sociais e incentivar outras pessoas a se tornarem
doadoras. “O aplicativo Hemovida estimula a doação de sangue voluntária, um ato
de amor que salva vidas”, afirma a secretária de Informação e Saúde Digital,
Ana Estela Haddad.
CRITÉRIOS
DE DOAÇÃO
O
aplicativo trará ainda informações detalhadas sobre como e quem pode doar, além
dos cuidados necessários no dia da doação. “[O aplicativo] garante que os
doadores estejam bem informados e preparados”, acrescenta o ministério.
Para fazer
doações de sangue no Brasil, é necessário ter de 16 a 69 anos – na faixa entre
16 e 18 anos, é preciso ter consentimento dos responsáveis. Aqueles que têm de
60 a 69 anos só podem doar sangue se já o tiverem feito antes dos 60 anos.
Também é
preciso pesar no mínimo 50 quilos e estar em bom estado de saúde.Por ano,
homens só podem fazer quatro doações e mulheres, três. “O intervalo mínimo
entre doações deve ser de dois meses para os homens e de três meses para as
mulheres.”
Segundo o
Ministério da Saúde, o sangue doado voluntariamente é usado nos atendimentos de
urgência, na realização de cirurgias de grande porte e no tratamento de pessoas
com doença falciforme e talassemias, além de doenças oncológicas variadas que
frequentemente necessitam de transfusão.
Além dos
procedimentos hospitalares, o sangue doado também pode ser transferido pelos
bancos de sangue para a Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia
(Hemobrás) produzir hemoderivados, fornecidos gratuitamente pelo Sistema Único
de Saúde (SUS) à população necessitada.
“Aproximadamente
1,4% da população brasileira doa sangue, o que representa 14 pessoas a cada mil
habitantes. Embora o percentual esteja dentro dos parâmetros recomendados pela
Organização Mundial da Saúde (OMS), o Ministério da Saúde trabalha constantemente
para aumentar esse índice, conscientizando a população da importância desse
gesto na saúde coletiva”, diz a pasta.
As taxas de
doação de sangue cresceram este ano no Brasil. Enquanto entre janeiro e
setembro de 2022 foram coletadas 2.340.048 bolsas de sangue (com 450 a 500ml
cada), no mesmo período deste ano, a coleta chegou a 2.452.425, o que
representa aumento de 112.377 no número de bolsas. “Cada doação pode ajudar a
salvar até quatro vidas”, lembra o ministério.