Foto: divulgação/MPT
Dois
trabalhadores que estavam sendo submetidos a condições degradantes de trabalho
e jornada exaustiva na zona rural de Maiquinique, no sudoeste da Bahia, foram
resgatados em uma ação realizada por Auditores-Fiscais do Trabalho (AFTs) do
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Eles viviam com suas famílias
numa situação degradante, em alojamentos sem as mínimas condições de conforto e
segurança.
Além dos
dois adultos, suas respectivas companheiras e treze crianças no total,
filhas dos trabalhadores resgatados, também residiam no local, sem camas e
colchões suficientes para todos, tampouco condições mínimas de saneamento.
A
articulação aconteceu no último dia 08 de novembro, mas só foi divulgada pelo
Ministério Público do Trabalho (MPT) nesta segunda-feira (20/11), após o
pagamento das verbas rescisórias ter sido quitado pelo dono da fazenda na
última sexta-feira (17/11).
Os dois
trabalhavam há mais de cinco anos na propriedade, cuidando do gado. Eles
cumpriam jornadas de trabalho exaustivas, sem descanso semanal nem férias. O
MTE acrescenta que, no momento do resgate, o empregador, que visitava o local
diariamente e tinha pleno conhecimento das condições de trabalho e alojamento
existentes, foi identificado e notificado.
Os
resgatados já estão de posse de guias para dar entrada no seguro-desemprego
especial para vítimas do trabalho escravo, que deverá ser pago por três meses.
Além disso, eles já receberam os valores calculados referentes à rescisão do
contrato de trabalho, no total de R$ 33.852,05.
A apuração judicial dos fatos será instrumentalizada pelo Ministério Público do
Trabalho, que acompanhou a operação. A Defensoria Pública da União garantirá os
direitos individuais dos resgatados, especialmente quanto às indenizações pelos
danos sofridos. A ação da Polícia Federal foi essencial no sentido de dar o
suporte de segurança e inteligência à ação e o acompanhamento e suporte às
vítimas serão proporcionados pela Secretaria de Direitos Humanos.