De acordo com a Polícia Civil, traficantes do Comando Vermelho, facção do Rio de Janeiro, não compraram as metralhadoras furtadas do Arsenal de Guerra do Exército em Barueri por conta de uma peça que faltava, a fita metálica para munição. A informação foi confirmada por investigadores da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) à Folha de S. Paulo.

A peça que estava em falta é utilizada para inserir munição nas armas. Segundo os investigadores, a negociação da venda havia sido feita através de um grupo no aplicativo WhatsApp. Assim, um fornecedor postou um vídeo em que apareciam as metralhadoras desviadas e integrantes da facção teriam solicitado analisar as armas pessoalmente. 

Ainda de acordo com os investigadores, as metralhadoras foram levadas a princípio ao Complexo da Penha e por fim para a Cidade de Deus, na zona oeste da capital. Fornecedores pediram R$350 mil pelas .50 e R$180 mil para as outras. Ainda de acordo com a corporação, assim que a facção soube que uma operação seria montada para resgate do armamento, as metralhadoras foram retiradas da comunidade em direção à Gardênia Azul, local em que foram recuperadas.

A polícia ainda apura se outro lote de armas foi enviado para Minas Gerais, local que outros traficantes do Comando Vermelho também solicitaram para avaliar os armamentos pessoalmente.