Foto: Paula Fróes / GovBA
O Hospital Israelita Albert
Einstein informou que o apresentador de TV Fausto Silva, o Faustão, passou por
um transplante de rim na última segunda-feira (26).
"O paciente Fausto Silva
deu entrada no Hospital Israelita Albert Einstein no dia 25 de fevereiro para
preparação para um transplante de rim, em função do agravamento de uma doença
renal crônica, após o Einstein ter sido acionado pela Central de Transplantes
do Estado de São Paulo e realizado a avaliação sobre a compatibilidade do órgão
doado", afirmou a instituição, em nota.
Ele já havia passado por um
transplante de coração em 2023 por ter insuficiência cardíaca.
Atualmente, há 38.908
brasileiros aguardando por um transplante de rim. Assim como Faustão, a maioria
dos pacientes que esperam pelo órgão são do sexo masculino (24.721) e possuem
mais de 50 anos (14.242).
O estado de São Paulo lidera a
lista de pacientes que aguardam por um transplante de órgão, com 20.494 pessoas
na espera, seguido de Minas Gerais (3.730), Paraná (2.405), Bahia (2.136) e Rio
de Janeiro (2.001). Os dados do painel do Ministério da Saúde foram atualizados
nesta terça-feira (27).
O apresentador teve que passar
pelo transplante renal pouco mais de seis meses após o procedimento no coração.
Os danos ao órgão renal são comuns em pacientes transplantados, segundo Diego
Gaia, chefe da Cardiologia do Hospital Santa Catarina (Unidade Paulista).
"Nessa situação, o próprio
corpo vai priorizar a irrigação dos órgãos mais nobres como o cérebro. O afluxo
de sangue para o rim fica comprometido e, consequentemente, sua função. Isso é
bastante comum e conhecido como síndrome cardiorrenal", afirma.
A lista de espera de transplante
de órgãos do ministério é única e coordenada pelo SNT (Sistema Nacional de
Transplantes). Os estados enviam os dados para a CNT (Central Nacional de
Transplantes), que organiza os pacientes conforme prioridade --que é dada por
uma série de critérios técnicos, e não são influenciados pelo status econômico
ou fama da pessoa.
São incluídos na lista tanto
pacientes da rede pública quanto privada, e a inscrição na fila é realizada por
um médico com autorização vigente, concedida pelo SNT.
Alguns dos fatores levados em
consideração para a definição de prioridade No caso de pacientes renais, são: a
impossibilidade total de acesso para diálise (filtração de sangue), a idade do
paciente e a compatibilidade com um doador.
O SNT reforça que o processo
funciona de acordo com as regras (com base em critérios técnicos) e que nenhum
paciente pode ser privilegiado.