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O Ministério
Público do Estado da Bahia (MP-BA) está lançando uma ação para
fiscalizar terminais, portos e atracadouros em diversas regiões, incluindo
Morro de São Paulo, Valença, Maraú, Camamu e Porto Seguro. A iniciativa surge
diante da falta de informações sobre a regulamentação e operação desses locais,
muitos dos quais podem estar funcionando de forma irregular ou sem a devida
segurança para os consumidores.
Em
entrevista ao Bahia Notícias, a promotora Thelma Leal, do Departamento do
Consumidor, informou que o MP-BA está desenvolvendo um projeto inédito,
que visa mapear as condições de segurança das embarcações e terminais. O
objetivo é identificar postos operados de forma privada, clandestina ou sob
concessão, além de verificar a situação das embarcações e a habilitação dos
condutores.
"Descobrimos
que há uma lacuna na fiscalização. A Agerba não tem cumprido seu papel, e a
Capitania dos Portos tem limitações legais. Por isso, estamos agindo para
evitar novos acidentes", afirmou a promotora, referindo-se ao acidente
entre duas
lanchas que colidiram em um trajeto entre a Gamboa e Morro de São Paulo, no
município de Cairu, na noite do último dia 7.
Ela
afirmou que as primeiras inspeções começaram em Valença
e Morro de São Paulo, mas devem se estender a outras regiões nas próximas
semanas. Além disso, a promotora deixou claro que o projeto está em
desenvolvimento há meses que não tem relação com o acidente.
Perguntada
acerca da forma de cobrança nos terminais aquaviários de Valença para Morro de
São Paulo, ela afirmou que não há registros formais de denúncias sobre
estabelecimentos que só aceitam pagamento em dinheiro: "Ainda não
recebemos queixas oficiais nesse sentido, mas, caso ocorram, é importante que
os consumidores formalizem a denúncia para que possamos apurar", explicou
a promotora.
Diante de
cobranças suspeitas ou da exigência de pagamento apenas em dinheiro, o MP
orienta que os passageiros registrem denúncias no órgão ou no Procon. "Só
com relatos formais podemos agir", reforçou a promotora. Quanto aos preços
das passagens, a recomendação é que os usuários exijam a comprovação da tarifa
autorizada pelos órgãos competentes.
A
expectativa é que, com o mapeamento e a fiscalização, o MP consiga implementar
normas mais rígidas de segurança e transparência no transporte aquaviário
baiano. "É uma ação inovadora, que vai trazer mais proteção aos
consumidores", concluiu a representante do Ministério Público.
Por Bahia
Notícias