A Chapada
Diamantina, referência em diversidade biológica e importância para a produção
agrícola na Bahia, foi selecionada como a área-piloto do Projeto PoliLAC no
Brasil. Representantes dos cinco países parceiros da iniciativa (Brasil, Costa
Rica, México, Paraguai e Peru) estão reunidos em Brasília (DF) a partir desta
quinta-feira (9), na sede do Instituto Interamericano de Cooperação para a
Agricultura (IICA), para a 1ª Oficina de Seleção de Áreas de Atuação e
Planejamento Operativo Anual (POA), que vai até a próxima sexta-feira (11).
A oficina,
que conta com a participação da Secretaria do Meio Ambiente da Bahia (Sema) e
do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) e a colaboração de
instituições como o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), a Sociedade
Alemã para Cooperação Internacional (GIZ), Fundação de Apoio à Cultura, Ensino,
Pesquisa e Extensão de Alfenas (FACEPE) e a Rede Brasileira de Interação de
Planta-Polinizador (REBIPP), tem como um dos principais objetivos a
consolidação de estratégias para a conservação dos insetos polinizadores
(essenciais para os serviços ecossistêmicos, para a sustentabilidade agrícola e
para a saúde dos ecossistemas). Nesse contexto, a escolha da Chapada Diamantina
se destaca, considerando sua rica diversidade de espécies e o seu papel crucial
na manutenção dos ciclos naturais e na produção de frutas e plantas nativas.
A
participação da Sema e do Inema é um ponto central nesta iniciativa.
Coordenadora de Gestão da Biodiversidade do Inema, Mara Angélica dos Santos,
representa o comprometimento estadual com a preservação dos polinizadores.
Segundo Mara, “O papel da Sema e do Inema é contribuir com os objetivos do
projeto de conservação da biodiversidade e a produtividade, de forma integrada
com as populações locais, sejam elas comunidades indígenas, quilombolas e
pequenos produtores locais da Chapada Diamantina”, afirma.
Durante os
três dias de encontros, os participantes irão trabalhar na validação da
metodologia de seleção e monitoramento dos polinizadores na Chapada, utilizando
dinâmicas colaborativas como o “World Café” para a troca de conhecimentos e
experiências. A programação do evento inclui desde a apresentação dos objetivos
e indicadores do projeto, passando pelo debate sobre o contexto local da
Chapada e os cenários que embasarão as estratégias de atuação, até a elaboração
e validação do Planejamento Operativo Anual para 2025, que se estenderá até
dezembro de 2028.
Financiado
pelo Ministério Federal do Meio Ambiente da Alemanha (BMUV) e pela Iniciativa
Internacional para o Clima (IKI), o Projeto PoliLAC visa reforçar a proteção
dos polinizadores e ampliar os serviços de polinização, beneficiando
diretamente a biodiversidade e os meios de subsistência das comunidades. A
escolha da Chapada Diamantina como área-piloto ressalta o compromisso de
aproximar teoria e prática, promovendo ações integradas que aliam conhecimento
técnico a experiências locais. As informações são de assessoria.