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Na corrida pela ‘MĂșsica do Carnaval’, Cirilo Teclas defende naipe baiano: “JĂĄ se consagrou”

Publicada em: 21/02/2025 06:56 - MĂșsica

Foto: Divulgação


Na carreira musical desde os 11 anos, por influĂȘncia de seu pai, Cirilo Teclas Ă© o mais novo nome do pagode baiano a concorrer ao TrofĂ©u Bahia Folia de ‘MĂșsica do Carnaval’. Conhecido pelos bloquinhos, o artista estĂĄ na disputa com a canção ‘É o Naipe’ contra 32 mĂșsicas, sendo 13 delas de pagode.

 

Em meio ao burburinho sobre o que seria melhor no pagode: o naipe baiano ou a swingueira clĂĄssica, o cantor celebrou a indicação ao prĂȘmio e o alcance de sua canção, que se tornou hit apĂłs o auge da dança no ano passado. 

 


“SĂł de estar na lista, de estar concorrendo, para mim jĂĄ Ă© gratificante. Ao lado dos grandes, que eu tenho muita referĂȘncia, como Ivete Sangalo, o Leo Santana, Psirico, entre outros. E Ă© isso, musicalidade, fazer o que o povo gosta”, declarou. 

 

AlĂ©m de cantar, Cirilo tambĂ©m toca teclado e produz mĂșsicas. A sua inspiração para os sucessos vem da rua, das comunidades. Ao Bahia NotĂ­cias, o cantor contou que foi assim que surgiu o naipe. Para Cirilo, o naipe nĂŁo Ă© um ritmo e sim uma dança. 

 

Lekinho, vocalista da banda Ah Chapa, em entrevista ao Bahia NotĂ­cias no ano passado tambĂ©m explicou o que Ă© o naipe baiano. “Esse naipe Ă© a dancinha da Ă©poca. No caso, essa dancinha de botar a mĂŁo no queixo, ficar levantando a perna, levantando a outra, na batida da mĂșsica”. 

 

Apesar de ser uma dança, o naipe impulsionou uma leva de mĂșsicas relacionadas Ă  ele, como o ‘Bloquinho do PutetĂȘ’, da Ah Chapa, ‘É o naipe’, do prĂłprio Cirilo, e ‘Naipe Baiano’, de Oh PolĂȘmico. “O pĂșblico tambĂ©m julga muito sem ao menos entender. Tava julgando o naipe sem entender que Ă© uma forma de dança, achando que Ă© uma batida”, explicou. 

 

À medida que viralizava, a dança recebeu crĂ­ticas sobre seu estilo de mĂșsica e seus movimentos. Entre os crĂ­ticos estĂĄ o cantor MĂĄrcio Victor, vocalista do Psirico, que declarou durante um ensaio de verĂŁo que a Bahia gostava ‘de pagodĂŁo’. 

 

Sobre as crĂ­ticas, Cirilo concordou que existem diferenças dentro do pagode baiano, “o pagode limpo, o pagode sujo, o pagode samba de roda”, mas defendeu a liberdade do pĂșblico de curtir as vertentes diferentes. “Curte o pagode sujo quem quer, curte o pagode limpo quem quer e curte o pagodĂŁo raiz quem quer curti o pagodĂŁo raiz. O mundo tĂĄ aĂ­ para todo mundo, o sol brilha para todo mundo”, afirmou. 

 

O cantor ainda defendeu a nova geração de artistas do pagode. “A nova geração tĂĄ sempre criando, entĂŁo a gente tĂĄ sempre buscando coisas novas”, contou. “É por isso que a nova geração tĂĄ aĂ­ incomodando um pouquinho. Porque assim, quem busca somos nĂłs, querendo o diferente”, completou. 

 

Apesar de procurar a inovação, de acordo com Cirilo, as referĂȘncias continuam sendo os artistas mais conhecidos do gĂȘnero, que surgiram no inĂ­cio dos anos 2000, como LĂ©o Santana, Tony Salles e Psirico. “A gente busca referĂȘncia e procurar melhorar sempre chegar ao lugar deles. Eles sĂŁo nossa referĂȘncia”, reforçou. 

 

É justamente com essas referĂȘncias que o cantor concorre a melhor ‘MĂșsica do Carnaval 2025’. Na lista de apostas feita pelo Bahia NotĂ­cias, alĂ©m da mĂșsica de Cirilo Teclas, tambĂ©m estĂŁo no pĂĄreo: “Surra de Toma”, de Leo Santana, “Aposta”, de Tony Salles, e “Molen-Molen”, de Psirico, alĂ©m de cançÔes de ParangolĂ©, Pagod’art e Papazoni. 

 

Se “É o Naipe” ganhar, serĂĄ o terceiro ano consecutivo que uma mĂșsica de pagode ganha o TrofĂ©u Bahia Folia. De 2010 a 2024, 10 mĂșsicas do gĂȘnero venceram o tĂ­tulo tomando o favoritismo das mĂșsicas de carnaval “tradicionais”, inseridas no movimento AxĂ© Music. 

 

Por Bahia NotĂ­cias

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