
Foto: Kayo
Magalhães/Câmara dos Deputados
Com o
recuo do PL e da bancada de oposição em relação à estratégia de obstrução aos
trabalhos no plenário e nas comissões da Câmara, o presidente Hugo Motta
(Republicanos-PB) teve facilitada a sua intenção de aprovar quatro
requerimentos de urgência para criação de cargos e remanejamento de funções
administrativas em tribunais superiores e órgãos do Poder Judiciário.
No início
da tarde desta terça-feira (8), o líder do PL, Sóstenes Cavalcante
(PL-RJ), anunciou
que a bancada de oposição iria interromper a estratégia de obstrução
dos trabalhos. Os oposicionistas vinham desde a semana passada atrapalhando as
votações para pressionar o presidente Hugo Motta a colocar em votação o projeto
de anistia aos presos pelos atos em Brasília no dia 8 de janeiro de 2023.
O líder
do PL afirmou que o partido já conseguiu o apoio de 213 parlamentares em um
requerimento de urgência para que o projeto siga diretamente ao plenário. Para
ser pautado e, uma sessão deliberativa, o requerimento de urgência necessita de
257 assinaturas.
Com o fim
da obstrução, a Câmara os principais itens da pauta desta terça sem
maiores problemas, inclusive os quatro requerimentos de urgência de projetos
enviados pelo Judiciário. Entre esses projetos está o PL 769/24, do Supremo
Tribunal Federal (STF), que cria 160 cargos comissionados para os gabinetes de
dez ministros da corte.
Segundo o
presidente do Supremo, ministro Luís Roberto Barroso, a criação das funções
comissionadas não causará aumento de despesas devido a remanejamento do
orçamento.
Deputados
de oposição, entretanto, fizeram duras críticas à criação de cargos, mesmo não
fazendo obstrução à votação. Os requerimentos de urgência para os projetos do
Judiciário foram apresentados de forma conjunta por diversos líderes de
partidos governistas e do centrão, entre eles: Antonio Brito (PSD-BA), Doutor
Luizinho (PP-RJ), Gilberto Abramo (Republicanos-MG), Lindbergh Farias (PT-RJ),
Pedro Lucas Fernandes (União-MA), Rodrigo Gambale (Podemos-SP) e Talíria
Petrone (Psol-RJ).
Com a
urgência aprovada, os projetos devem ser votados provavelmente na sessão
plenária desta quarta (9).
Ainda na
sessão de hoje, a Câmara aprovou projeto que torna qualificados os crimes
de homicídio ou lesão corporal dolosa praticados contra membros do Ministério
Público ou da magistratura em razão do exercício da função ou em decorrência
dela. A proposta será agora enviada à sanção presidencial.
Na sessão
deliberativa, os deputados aprovaram três emendas do Senado que incluem os
membros da Advocacia-Geral da União (AGU), os procuradores estaduais e do
Distrito Federal, os oficiais de Justiça e os defensores públicos nessa lista
sobre qualificação dos crimes.
Por Bahia
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