
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Os advogados do ex-presidente Fernando Collor apresentaram,
nesta quinta-feira (6), um novo recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF)
contra a decisão que manteve a condenação dele, que pode levar a oito a dez
meses de prisão.
A defesa é montada em cima de uma divergência entre os
ministros para questionar o tempo de possível prisão para o crime de corrupção
passiva. O recurso entregue pode ser entendido aos ministros do STF como uma
tentativa de prorrogar o início da prisão do ex-presidente.
O Supremo condenou ele em maio de 2023 pelos crimes de
lavagem de dinheiro e corrupção passiva. A Procuradoria-Geral da República
apresentou a denúncia contra o ex-presidente em agosto de 2015, em meio à
Operação Lava Jato.
Em denúncia, Collor teria recebido R$ 20 milhões, após
influenciar o comando e as diretorias da empresa, entre 2010 e 2014, para
garantir a assinatura de contratos da estatal com a construtora UTC.
O primeiro recurso de Collor foi julgado em novembro de 2024,
quando a defesa pediu a revisão da pena do crime de corrupção passiva, usando o
argumento de que o prazo estipulado no acordão não é equivalente à média dos
prazos apresentados nos votos divergentes dos ministros. Em termos práticos, a
defesa reduziria a corrupção passiva para um nível que faria o crime
prescrever.
A defesa foi desfavorável a Collor, por 6 votos contra 4,
sendo de Gilmar Mendes, Kassio Nunes, André Mendonça e Dias Toffoli. O único
que não participou foi Cristiano Zanin, que se declarou impedido do julgamento.
Por Bahia Notícias