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Marcelo Camargo/Agência Brasil
O Comitê
Judiciário da Câmara dos Estados Unidos aprovou, nesta quarta-feira (26), um
projeto de lei que pode barrar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) do
Brasil, Alexandre de Moraes, de entrar no país norte-americano. O partido do
presidente Donald Trump, o Republicano, foi o responsável por chancelar o
texto, que agora vai para análise do plenário da casa.
O projeto,
apresentado como “No Sensors on Our Shores Act”, estabelece que qualquer
oficial estrangeiro que tente censurar o “discurso americano” feito por um
estadunidense em solo americano é deplorável e inadmissível. O texto foi
protocolado pelos deputados Darrell Issa (Califórnia) e María Elvira Salazar
(Flórida), ambos do partido Republicano e críticos do STF, após Moraes se
recusar a cumprir ordens da Corte Americana. A aprovação foi celebrada por
deputados aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Ambos os
congressistas do partido Republicano ressaltaram que essa foi uma resposta ao
ministro do STF após ele suspender o X no Brasil.
María
afirmou que Moraes está "na vanguarda de uma cruzada internacional contra
a liberdade de expressão e cidadãos como Elon Musk". Já Darrell Issa
declarou: "Com este projeto, autoridades de governos estrangeiros estarão
avisadas: se negarem aos nossos cidadãos os direitos da Primeira Emenda,
negaremos sua entrada nos EUA ou mostraremos a porta de saída."
O argumento
usado no projeto foi que as restrições impostas por Moraes atingiram
brasileiros que moram nos EUA, como o caso de Paulo Figueiredo, denunciado na
Procuradoria-Geral da República, juntamente com Jair Bolsonaro e outras 33
pessoas, por suposta trama golpista. O texto apresentado prevê sanções para
casos como esse, que afetem a liberdade de expressão de cidadãos americanos em
solo estadunidense.
O
influenciador Paulo Figueiredo, afetado pela decisão do ministro do STF,
compartilhou em suas redes sociais a comemoração pela decisão da Câmara
Americana.
Por Bahia
Notícias