Em uma década, a reclamação de pacientes contra planos de saúde, que recusaram cobrir algum atendimento, aumentaram 374%, segundo dados da Agência Nacional de Saúde (ANS).
De 2014 para 2023 as queixas saíram de 61,5 mil para 292 mil. O número começou a crescer a partir de 2019, quando chegou a 91 mil reclamações, até atingir um recorde no ano passado, com 291 mil. .
Este ano, o cenário não foi diferente e seguiu o crescimento exponencial. Entre janeiro e abril de 2024, foram registradas 104 mil reclamações por esse motivo, alta de 35% em comparação com o mesmo período em 2023.
Nova lei pode ter aumentado queixas
Uma nova lei que regulamenta os procedimentos pode ter influenciado no aumento das queixas. Até 2022, os convênios declaravam apenas a obrigação de oferecer os serviços previstos pela ANS, uma lista de procedimentos definida pela agência reguladora.
No entanto, o Congresso aprovou uma lei que torna a lista apenas uma referência aos planos, que deveriam assegurar a cobertura de todo tratamento que tenha recomendação médica e comprovação científica.
Em nota ao portal UOL, a ANS informou que para garantir a assistência, as operadoras precisam ter uma rede de prestadores, própria ou contratada, compatível com a demanda e com a área de abrangência do plano, respeitando o que foi contratado.
Foto: Reprodução/ANS